sábado, junho 27, 2009

Bury me deep in words and music

As análises que por aí circulam sobre a responsabilidade de Michael Jackson na projecção e na morte da MTV (cuja óbito agora se anuncia, a coincidir com o desaparecimento de quem projectou e elevou à categoria de objecto artístico a matéria que a alimentava) e do domínio da imagem que promove e vende a música, com ela se confunde e a ultrapassa, pouco dizem sobre a nossa pequena realidade de pré-adolescentes na primeira metade da década de oitenta.

De facto, quem naquela época seguia a MTV? Muito poucos. A televisão por satélite chegava a alguns lares e bares, apenas. O pouco a que conseguíamos almejar era ao Top+ a cada sábado e a torcer para que no primeiro lugar da lista de vendas estivesse o tão desejado teledisco. Isto para dizer que, ao contrário dos adolescentes de hoje, a nossa formação pop não passava assim tanto pela imagem (enfim, tínhamos a Bravo e as outras revistas alemãs com as fotos e os posters, mas pouco mais) televisiva porque, na ausência de canais de televisão a passar música 24 horas por dia, restavam-nos os discos e esses sim, o ritmo contagiante que deles emanava, a música que idolatrávamos, as letras que tentávamos perceber ainda antes de sabermos soletrar uma palavra de inglês, os discos de vinil foram a base da nossa relação com a música pop, não os telediscos. Muito menos as rádios, alguns anos antes do boom da divina pirataria. Os concertos ao vivo eram raríssimos. Por isso me soam tão estranhas estas afirmações de que nós, sim nós, adolescentes e pré-adolescentes portugueses da época em que Thriller revolucionou a música pop, pertencíamos à geração MTV.

Veio-me tudo isto hoje à memória ao ouvir, por caso, um tema dos Triffids (alguém um dia terá de escrever um tratado sobre o quanto as nossas emoções devem à pop dos antípodas, dos The Church aos Go-Betweens). Um dos versos desta canção, uns bons anos mais tarde, haveria de ser a frase que inaugurou o screensaver do meu primeiro PC. Ainda lá andou por algum tempo, até um vírus envenenar a memória do computador (e a minha). Os adolescentes de agora conseguirão assim tão facilmente libertar a imagem das palavras e da música e cristalizar todas as comoções da juventude numa simples frase?

The Triffids, Bury me deep in love (1987)


Bury me deep in love,
Bury me deep in love
Take me in, under your wing
Bury me deep in love

There's a chapel deep in a valley
For travelling strangers in distress
It's nestled among the ghosts of the pines
Under the shadow of a precipice

When a lonesome climbing figure
Maybe slips, maybe loses grip
Tumbles into a crevice
To his icy mountain crypt

Buy him deep in love, bury him deep in love
Take him in, under your wing
Bury him deep in love

When the rock below is shaking
The heart inside is quaking
How long this cold dark night is taking
Bury me deep in love

Bury me deep in love, bury me deep in love
Take me in, under your skin
Bury me deep in love

And the little congregation gathers,
Prays for guidance from above
They sing, "Hear our meditation,
Lead us not into temptation
But give us some kind of explanation
Bury us deep in love"

You may lose me on the east face
You may lose me on the west
I may be covered over in the night
Bury me deep in your love yes

Bury me deep in love. bury me deep in love
Take me in, hide me under your skin
Bury me deep in love

Bury me deep in love, darling bury me deep in your love
Deeper and deeper. deeper and deeper
Bury me deep in love

[evva]

sexta-feira, junho 26, 2009

O homem que mudou a história da música pop

Não me interessa(m) a(s) cor(es) da pele. Eu cresci ao som e à imagem das músicas deste álbum e, para além de devorar livros, o meu passatempo preferido durante anos e anos foi coreografar os temas de Thriller. O resto não me interessa mesmo nada, eu adorava este homem.

(o vídeo de Beat it, a faixa de Thriller que eu mais gostava de dançar)

evva

Michael Jackson (1958-2009)


O homem que quis mudar a cor da pele e conseguiu.
Mas conforme foi perdendo a cor, a arte foi-se perdendo também.
Fica aqui uma memória colorida.

André

sexta-feira, junho 19, 2009

Programa para fim-de-semana de 40º à sombra

Ir espreitar a heráldica dos Sousa, no Claustro do Silêncio de Alcobaça, antes do concerto de Jordi Savall.






evva

E se o House fosse feito nos Açores?



Vem dos Tunalhos, onde também há uma fantástica versão do Titanic.
Pra rir e chorar por mais.

André

terça-feira, junho 16, 2009

Não há estrelas no ceu

A história? Aqui está a Kimberley, 18 anos, cabeleireira em Kortrijk (Bélgica). Há poucos dias decidiu que queria uma tatuagem, pediu 3 estrelinhas acima do olho esquerdo, mas saiu com 56. Diz que adormeceu durante o trabalho e foi enganada, agora vai por queixa contra o artista, que aliás nega a versão dela, já que segundo ele é impossível dormir quando se espeta agulhas na cara.

Wouter

quinta-feira, junho 11, 2009

Para quem ainda não conhece



É a Ida Maria, e ouve-se muito bem!
Mais música no seu espaço na net.
É pr'ábanar bem o capacete. E o resto também.


André

As vezes basta uma fotografia

Todos sabemos que o mundo é um teâtro, mas não é sempre tão obvio como ontem, quando Muammar Gaddafi aterrou em Roma.

A excellente série de fotografias de Alessandro Bianchi (Reuters) está aqui (inclusive uma imagem espectacular onde os líderes da Líbia e de Italia partilham um sorriso rugoso, acompanhado de um olhar céptico duma princesa do deserto..)

Wouter

Os homens não se medem aos palmos




evva

Comment devenir un grand président?



Voilá, c'est simple..

Wouter

sábado, junho 06, 2009

Dia de reflexão


Indecisos?
Descubram o vosso posicionamento
no panorama político
das Eleições Europeias
de 2009



evva

Escolher o caminho




A fotografia é do meu irmão (o disparo...); a associação de ideias é de outro colega. Foi tirada na última manifestação de professores (30 de Maio de 2009) e vem, realmente, muito a propósito das eleições de amanhã...

:)

Votem bem!

Sónia

"Cool Down?! No, it's not my style"




Sónia

Permanência


(Lisboa, Parque Eduardo VII, 30 de Maio de 2009)


Sete dias depois, os jacarandás continuam a ser lilases... ; o tempo continua a ser de luta!


A fotografia é da Amélia Nabais a quem vai dedicado este post.


Sónia

quinta-feira, junho 04, 2009