Fins de tarde na Foz
No, he's not black...
he's like a summer breeze.
E é para já, enquanto não enjoar, a minha música de Verão. Para ouvir com os pés a chapinhar na água e a acompanhar um gin fizz.
evva
«Imagination is memory» James Joyce
No, he's not black...
he's like a summer breeze.
E é para já, enquanto não enjoar, a minha música de Verão. Para ouvir com os pés a chapinhar na água e a acompanhar um gin fizz.
evva
at 17:53 0 comments
The artist is the creator of beautiful things.
To reveal art and conceal the artist is art's aim.
The critic is he who can translate into another manner or a new material his impression of beautiful things.
The highest, as the lowest, form of criticism is a mode of autobiography.
Those who find ugly meanings in beautiful things are corrupt without being charming. This is a fault.
Those who find beautiful meanings in beautiful things are the cultivated. For these there is hope.
They are the elect to whom beautiful things mean only Beauty.
There is no such thing as a moral or an immoral book. Books are well written, or badly written. That is all.
The nineteenth century dislike of Realism is the rage of Caliban seeing his own face in a glass.
The nineteenth century dislike of Romanticism is the rage of Caliban not seeing his own face in a glass.
The moral life of man forms part of the subject-matter of the artist, but the morality of art consists in the perfect use of an imperfect medium.
No artist desires to prove anything. Even things that are true can be proved.
No artist has ethical sympathies. An ethical sympathy in an artist is an unpardonable mannerism of style.
No artist is ever morbid. The artist can express everything.
Thought and language are to the artist instruments of an art.
Vice and virtue are to the artist materials for an art.
From the point of view of form, the type of all the arts is the art of the musician. From the point of view of feeling, the actor's craft is the type.
All art is at once surface and symbol.
Those who go beneath the surface do so at their peril.
Those who read the symbol do so at their peril.
It is the spectator, and not life, that art really mirrors.
Diversity of opinion about a work of art shows that the work is new, complex, and vital.
When critics disagree, the artist is in accord with himself.
We can forgive a man for making a useful thing as long as he does not admire it. The only excuse for making a useless thing is that one admires it intensely.
All art is quite useless.
Oscar Wilde, prefácio de O retrato de Dorian Gray
andré
at 16:55 1 comments
O verde permanente da paisagem
As mulheres a fazerem o mesmo que os homens
Um travesti crítico de arte num programa da BBC
A BBC radio: world service, radio 3 & 4, o late junction
A telenovela "Coronation Street" que é emitida desde 1960, e a sua concorrente "Eastenders", que começou em 1985
Os comboios que cobrem quase todos os cantos do país
O tempo, que muda constantemente, e que serve como tema constante de conversa
As pessoas a permanecer ordenadamente e em silêncio na fila mesmo quando um estrangeiro passa à frente
A ordem e a contenção como forma de vida
As bebedeiras de sexta e sábado à noite
Os pubs e as cervejas artesanais
As raparigas na rua de mini saia e blusa de alças com 10ºC ou com chuva
A gastronomia do mundo em cada canto, e a inglesa, distante e quase ausente
O sentido crítico apurado, e não o lamento ou o queixume
A pressão para ser sempre objectivo
A angústia do tempo perdido
O sentimento de ilha: a defesa da tradição e da liberdade só é conseguida se nos mantivermos sós
andré
at 23:23 0 comments
Boards of Canada
Dayvan Cowboy do álbum Campfire Headphase
andré
at 23:08 0 comments
festejou ontem 48 primaveras. Mas ainda está aí para as curvas.
Punctured bicycle
On a hillside desolate
Will nature make a man of me yet ?
When in this charming car
This charming man
Why pamper life's complexity
When the leather runs smooth
On the passenger seat?
I would go out tonight
But I haven't got a stitch to wear
This man said ">
That someone so handsome should care"
Ah ! A jumped-up pantry boy
Who never knew his place
He said "return the ring"
He knows so much about these things
He knows so much about these things
I would go out tonight
But I haven't got a stitch to wear
This man said "it's gruesome
That someone so handsome should care"
La, la-la, la-la, la-la, this charming man ...
Oh, la-la, la-la, la-la, this charming man ...
Ah! A jumped-up pantry boy
Who never knew his place
He said "return the ring"
He knows so much about these things
He knows so much about these things
He knows so much about these things
Música: Johnny Marr
Letras. Morrissey
evva
at 11:38 0 comments
Depois de uma manhã passada num seminário interessante
(se só tiver um seminário chato ou assim assim, use na mesma)
Depois de uma tarde passada a limpar o quarto e a passar a ferro
(se quiser usar outra coisa, que seja algo difícil mas que tenha sido foi realizado)
Vá ao supermercado mais próximo e compre o necessário para fazer chili com carne
(também resulta com esparguete à bolonhesa ou arroz no forno)
Traga também cerveja q.b. ou uma boa garrafa de vinho
(não. água não serve. e muito menos coca cola)
Cozinhe ao som dos Divine Comedy
(ou dos Smiths, Beatles, Zero Seven, ou algo britânico mas com alento)
Comer a dançar ao som do Chango Spasiuk
(ou do Astor Piazzola, ou de algo intenso e quente)
Digerir com um passeio com destino ao pôr do sol e, se possível, devidamente bem acompanhado
(creio que em Portugal é mais fácil arranjar companhia sem combinar com antecedência. aqui é um pouco dificil)
Deixe o tempo passar e fique a pasmar até ficar com frio ou sem luz.
Quando regressar a casa, abra a sua boa garrafa de whisky, aguardente ou vinho do Porto.
Misture tudo com muito cuidado e intensidade.
Bom apetite.
andré
at 22:00 0 comments
I lost myself on a cool damp night
Gave myself in that misty light
Was hypnotized by a strange delight
Under a lilac tree
I made wine from the lilac tree
Put my heart in its recipe
It makes me see what I want to see...
And be what I want to be
When I think more than I want to think
Do things I never should do
I drink much more that I ought to drink
Because it brings me back you...
Lilac wine is sweet and heady, like my love
Lilac wine, I feel unsteady, like my love
Listen to me... I cannot see clearly
Isn't that she coming to me nearly here?
Lilac wine is sweet and heady where's my love?
Lilac wine, I feel unsteady, where's my love?
Listen to me, why is everything so hazy?
Isn't that she, or am I just going crazy, dear?
Lilac Wine, I feel unready for my love...
andré
at 23:09 3 comments
via Pequeno-Irmão, que por sua vez o foi buscar àquele blogue que acaba se o Liverpool ganhar a Champions.
evva
at 12:27 0 comments
at 10:47 0 comments
at 09:59 0 comments
Foi há 27 anos...
e acreditem ou não por aqui passou praticamente toda a boa música que se fez nas últimas três décadas.
evva
at 19:56 0 comments
at 21:04 0 comments
at 14:36 0 comments
Ainda não me habituei totalmente a eles.
Por vezes fico embaraçado com aquilo que mostram. A última rúbrica Tesouros Deprimentes é tão fantástica como constrangedora.
Desde os tempos em que o Herman José ainda fazia humor que não me ria tanto da figura triste dos outros. E da minha, ao rir-me disso.
Aquilo que mais admiro no quarteto fantástico é a desfaçatez e o desafio permanente que colocam áquilo que fazem.
O país parece para já rendido a eles. Não sei por quanto tempo mais. Mas enquanto durar vamo-nos rindo à gargalhada. Uns dos outros.
Faz muito bem.
andré
at 22:23 4 comments
at 22:07 0 comments
A minha tia disse-me um dia que a diferença entre os ingleses e os portugueses era que os primeiros iam e ficavam, e os segundos iam mas pensavam sempre no dia do regresso. Eu ainda me sinto muito preso a casa, ou pelo menos insisto em alguns hábitos para me sentir perto. Felizmente, ou talvez não, hoje podemos trazer conosco muito daquilo com que vivemos no sítio onde estávamos.
Continuo a ler o único jornal que creio valer a pena ler. É o Público. É português. E vem em versão PDF, a condizer com o nosso tempo. Não tenho paciência para o excesso de opinião dos jornais ingleses, nem dessa mania que já chegou a Espanha, da "orientação editorial", como se o dever de um jornalista não fosse o de tentar ser isento (ainda que por vezes não o consiga).
Mantenho-me ouvinte fiel do "Pessoal e Transmissível" e da "Semana Passada", embora tenha deixado, bem antes de partir, de ouvir a TSF, que passou a ser a RFM das notícias, uma verdadeira amálgama que nem mesmo os seus donos devem saber bem o que é. Ouço também o "Expresso da Meia Noite", da SIC Notícias, em formato áudio. Faz sempre bem ouvir a voz do poder, de vez em quando.
Um dos momentos gloriosos da semana foi saber que podia ver, como é possível constatar pela fotografia, o documentário "Portugal, um retrato social". Tenho gostado muito, mesmo muito de ver. Depois da estupidez do concurso Salazar vs Cunhal, sabe bem ainda haver espaço para fazer televisão a sério, com causas e com qualidade.
O dia-a-dia, esse é estrangeiro por completo. O trabalho é profundamente inglês, o convívio pode ser brasileiro, chinês, malaio, alemão, ou o que mais vier no caminho.
É um novo mundo, uma vida muito, muito diferente.
Mas foi a que eu escolhi.
andré
at 02:15 0 comments
1) Porto in the first moments of the sunrise. The first rays of light are graciously caressing the way of the soothsayer to Sao Bento: Palacio do Cristal, Cordoaria, Praca de Republica and Batalha. I knew these streets since eternity; I came here to visit in every previous life. I live in Porto and Porto lives in me. We are both familiar to each other like restless seagulls. The Douro takes the Light to the Atlantic under the careful gaze of Raul Brandao. And there the river meets the ocean. Indifferently and since ever.
2) The smell of the Portuguese coffee is plainly strong. The smell of that unique and forgotten café on the way to Foz was way too strong. The air carrying the salty droplets of sea water kept spraying my face and that of Raul Brandao. He stood there staunchly guarding the Lighthouse. And I was compelled to return to the land of the pale sun.
Porto ’s trilogy often visits me in the land of the cold. A mighty Light spelled with the breaking of dawn, a crushing smell of burning stones and a helplessly intense coffee- all these look as real as a guided tour in the Serralves orchestrated by Elsa on a Saturday afternoon.
3) My heart is still flying above Lisbon : Blessed be this stranger, plowing right now the streets of Lisbon and deliciously steeling a first look into a small book of verse by Alvaro do Campos .
Michel Kabalan, Leipzig (April 2007)
at 19:43 0 comments
at 00:18 2 comments