A propósito da vitória da Espanha
Christian Charisius/Reuters, do site do Público
Salvo raras excepções continuo a acreditar que são as melhores equipas que ganham as competições. No euro 2004, por exemplo, ganhou a melhor equipa. O facto da Grécia ter jogado mal não lhe tira o mérito. O problema foi as restantes equipas terem jogado ainda pior. Por todas as razões e mais algumas, o que se passou dentro do campo nesse campeonato não vai deixar grandes memórias. Fora dos estádios foi aquilo que o presidente da UEFA apelidou como o "melhor europeu de sempre". Mas passemos à frente...
Nos campeonatos da Europa e do mundo, nem sempre ganha a equipa que joga melhor futebol. Exemplos disso (dos que me lembro) são o Brasil no campeonato do mundo de 1994 (jogou mal) e 2002 (jogou mais ou menos mal) ou Itália no de 2006 (a Itália joga quase sempre para não perder, o que dificilmente resulta em boas exibições). No euro 2000, a França tirou-nos uma vez mais da final, o que teria sido uma recompensa merecida por aquela que foi, talvez, a nossa melhor exibição até hoje. Mas é assim mesmo. No fim, quem marca mais golos ganha. E mai nada!
Felizmente, há campeonatos em ganha quem merece, e são esses que a memória conserva. Com o risco de esquecimento e da normal subjectividade, aqui vão os três de que me lembro: Argentina no mundial de 1986, Holanda no euro 1988, e a França no mundial de 1998.
No euro 2008, a Espanha foi de longe a equipa mais consistente. Nos resultados e nas exibições. Mas o que interessa é que jogou bom futebol. Não se fiou na sorte, como a Holanda, ou no destino, como a Itália, e não se armou em chico-esperto, como Portugal. Foi mais regular do que a Alemanha, e ao contrário da França, sabia bem o que estava a fazer dentro do campo. Terá talvez tido sorte em não ter encontrado a Turquia. Mas a sorte sempre foi um previlégio dos campeões. Quando o melhor futebol ultrapassa todos os obstáculos, há que celebrar. Portanto: Vivá Espanha!
andré
1 comentário:
!!!!!!!!CAMPEONA!!!!!!!!!
Sónia
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