Cocorosie
Uma voz lá do sul falou-me que tinha escutado um canto novo.
Eu fiquei curioso e fui à procura…
E fiquei encantado.
Há mais no Youtube. Eu gosto bastante da versão ao vivo do By your side.
andré
«Imagination is memory» James Joyce
Uma voz lá do sul falou-me que tinha escutado um canto novo.
Eu fiquei curioso e fui à procura…
E fiquei encantado.
Há mais no Youtube. Eu gosto bastante da versão ao vivo do By your side.
andré
at 01:58 1 comments
Há uns tempos atrás ficou escrito neste blog que toda a arte é inútil. E ainda bem.
Herói faz parte de uma moda recente que pretende dar aos filmes de artes marciais uma profundidade que eles nunca tiveram, nem (creio eu) ambicionaram.
O Tigre e o Dragão é talvez o único exemplo de uma revisão feliz do estilo, pois manteve-se fiel à estrutura simples deste tipo de histórias mas melhorando de sobremaneira a sua qualidade visual, acabando com o típica aspecto artesanal.
Sim. As cores e o cenário em Herói são muitas vezes belos e quase irreais. Mas são excessivos e muita das vezes supérfluos. Quem viu Segredo dos punhais voadores deve entender muito bem onde quero chegar.
Concordo. Quer a história que a narrativa são interessantes. Mas então para quê toda a parafernália à sua volta?
Depois há toda a entourage que me deixa sempre com a pulga atrás da orelha. Realizador, actor (Tony Leung) e actriz (Maggie Cheung) galardoados em Cannes, a actriz revelação (Ziyi Zhang), o compositor premiado em Hollywood (Tan Dun), Itzhak Perlman nos solos de violino, etc etc etc.
E depois há sempre o eterno problema da justificação da violência. Nos filmes de Bruce Lee a violência e o combate são o próprio contexto do filme, depois cada um faz o seu juízo sobre se gosta ou não. Mas desde que Matrix glorificou a câmara lenta e os planos imóveis, toda gente se esqueceu que o Jean Claude Van Damme já utiliza há muito a câmara lenta nos seus filmes de qualidade muito duvidosa.
E aqui reside o problema. Herói, Tigre e o dragão, Segredo dos punhais voadores e seus derivados não são mais do que versões mais requintadas e pretensiosas da mesma receita que Bruce Lee tornou famosa no ocidente. Pelo menos nessa altura não eram mais do que filmes de pancada…
Quem quiser ver um filme como deve ser, por favor não perca o Paris je t’aime, uma das mais belas homenagens ao cinema. E a Paris.
andré
at 23:34 2 comments
Vou às Areias deleitar-me com um carneirinho assado e já volto para escrevinhar qualquer coisa.
evva
at 12:41 1 comments
Ai, ai, ai, não empurrem, ainda caímos todos ao rio
(foto Cidade Surpreendente)
São João, santo bonito,
bem bonito que Ele é, (bis)
com os seus caracóis d'ouro
e o cordeirinho ao pé. (bis)
Não há nenhum assim!
Pelo menos para mim...
Nem mesmo São José!
Santo António já se acabou
O São Pedro há-de acabar
São João, São João, S. João
Dá cá um balão para eu brincar.
Tam tam taram taram tam...
[repetir vezes sem conta, até a voz doer]
evva
at 18:58 0 comments
Ora leiam o artigo do Robert Fisk no The Independent.
Escusado sera dizer que concordo 100 % com o que ele diz...
Joana
at 18:28 0 comments
"Instead of going to England or to another non Jewish country, many Jews decided to go to British mandate Palestine, where his majesty's government had promised them a homeland.
There was one problem however: there was already another people in Palestine who had been living there for centuries, namely, Palestinian arabs."
In World Stories: A house in Jerusalem, um podcast integrado no Documentary Archive da BBC World Service
andré
at 19:05 9 comments
at 11:20 3 comments
at 00:18 1 comments
On me dit que nos vies ne valent pas grand-chose,
Elles passent en un instant comme fannent les roses,
On me dit que le temps qui glisse est un salaud,
Que de nos chagrins il s'en fait des manteaux.
Pourtant quelqu'un m'a dit que tu m'aimais encore,
C'est quelqu'un qui m'a dit que tu m'aimais encore,
Serait-ce possible alors ? (refrain)
On me dit que le destin se moque bien de nous,
Qu'il ne nous donne rien, et qu'il nous promet tout,
Paraît que le bonheur est à portée de main,
Alors on tend la main et on se retrouve fou.
Pourtant quelqu'un m'a dit...
Mais qui est-ce qui m'a dit que toujours tu m'aimais?
Je ne me souviens plus, c'était tard dans la nuit,
J'entends encore la voix, mais je ne vois plus les traits,
"Il vous aime, c'est secret, ne lui dites pas que je vous l'ai dit."
Tu vois, quelqu'un m'a dit que tu m'aimais encore,
Me l'a t'on vraiment dit que tu m'aimais encore,
Serait-ce possible alors?
On me dit que nos vies ne valent pas grand-chose,
Elles passent en un instant comme fanent les roses,
On me dit que le temps qui glisse est un salaud,
Et que de nos tristesses il s'en fait des manteaux.
Pourtant quelqu'un m'a dit...
Quando vi pela primeira vez Carla Bruni cantar não pude deixar de me recordar da Françoise Hardy dos anos sessenta e setenta, a voz quase sussurrada acompanhada apenas por uns acordes de viola, o mesmo talento de songwriter, o corte de cabelo... Comparações à parte, é a melhor banda sonora para uma manhã chuvosa de domingo.
evva
at 11:34 0 comments
Beaucoup de mes amis sont venus des nuages
Avec soleil et pluie comme simples bagages
Ils ont fait la saison des amitiés sincères
La plus belle saison des quatre de la terre
Ils ont cette douceur des plus beaux paysages
Et la fidélité des oiseaux de passage
Dans leur coeur est gravée une infinie tendresse
Mais parfois dans leurs yeux se glisse la tristesse
Alors, ils viennent se chauffer chez moi
Et toi aussi tu viendras
Tu pourras repartir au fin fond des nuages
Et de nouveau sourire à bien d'autres visages
Donner autour de toi un peu de ta tendresse
Lorsqu'un un autre voudra te cacher sa tristesse
Comme l'on ne sait pas ce que la vie nous donne
Il se peut qu'à mon tour je ne sois plus personne
S'il me reste un ami qui vraiment me comprenne
J'oublierai à la fois mes larmes et mes peines
Alors, peut-être je viendrai chez toi
Chauffer mon coeur à ton bois
Françoise Hardy (1965)
Letra: Jean-Max Rivière
Música: Gérard Bourgeois
evva
at 21:12 1 comments
at 21:12 2 comments
Por volta das sete-e-meia, ainda pouco habituado ao sol a brilhar por estas bandas, saiu-me isto dos headphones
Há dias com sorte
andré
at 22:57 1 comments
La beauté est comme un diamant qu'on ne veut jamais poli
Et qui reste toujours à l'intérieur.
andré
at 15:19 2 comments
Portugal
Ó Portugal, se fosses só três sílabas,
linda vista para o mar,
Minho verde, Algarve de cal,
jerico rapando o espinhaço da terra,
surdo e miudinho,
moinho a braços com um vento
testarudo, mas embolado e, afinal, amigo,
se fosses só o sal, o sol, o sul,
o ladino pardal,
o manso boi coloquial,
a rechinante sardinha,
a desancada varina,
o plumitivo ladrilhado de lindos adjectivos,
a muda queixa amendoada
duns olhos pestanítidos,
se fosses só a cegarrega do estio, dos estilos,
o ferrugento cão asmático das praias,
o grilo engaiolado, a grila no lábio,
o calendário na parede, o emblema na lapela,
ó Portugal, se fosses só três sílabas
de plástico, que era mais barato!
*
Doceiras de Amarante, barristas de Barcelos,
rendeiras de Viana, toureiros da Golegã,
não há "papo-de-anjo" que seja o meu derriço,
galo que cante a cores na minha prateleira,
alvura arrendada para ó meu devaneio,
bandarilha que possa enfeitar-me o cachaço.
Portugal: questão que eu tenho comigo mesmo,
golpe até ao osso, fome sem entretém,
perdigueiro marrado e sem narizes, sem perdizes,
rocim engraxado,
feira cabisbaixa,
meu remorso,
meu remorso de todos nós...
Alexandre O'Neill. Poesias Completas (1951/1986), INCM.
[evva]
at 12:19 0 comments
at 20:22 5 comments
Neste excerto do filme Farinelli, voce regina (1994), de Gerard Corbiau, a voz de Lascia ch'io pianga é uma mistura digital de dois registos gravados separadamente e interpretados pelo contratenor Derek Ragin e pela soprano Ewa Godlewskada (os agudos mais altos são dela), para se conseguir atingir uma tessitura de três oitavas, mas continuo a preferi-la no lirismo da voz de um contratenor.
Farinelli (1705-1782), o mais célebre dos castrati, conseguia produzir 250 notas com uma só respiração e sustentar uma nota durante mais de um minuto.
O grande defeito destas gravações: alguém consegue ouvir o som do cravo? Imperdoável.
evva
at 22:35 0 comments
at 20:57 0 comments
Sofres?
Respira.
Não há outra lira.
José Gomes Ferreira (Porto 1900 - Lisboa 1985)
[evva]
at 00:35 2 comments
at 14:44 0 comments
Hope there's someone
Antony and the Johnsons ao vivo em Malmo, Suécia (2005).
Falta muito para as férias?
evva
at 22:01 0 comments
Jacqueline tocará com o stradivarius que lhe foi oferecido por um anónimo, em 1964?
Du Pré nasceu em 1945 mas teve de abandonar a carreira de concertista aos 27 anos, quando lhe foi diagnosticada esclerose múltipla. Faleceu na década de oitenta.
Foi uma intérprete prodígio (ganhou o prémio Guilhermina Suggia com apenas 10 anos) e estudou esporadicamente com Pablo Casals, o recentemente falecido Mstislav Rostropovich e Paul Tortelier. Rostropovich terá dito um dia, quando um jornalista lhe perguntou por que não gravara ainda este concerto de Elgar: «Para quê, se Jackie já o gravou?».
Para ouvir o segundo e terceiro andamentos, clicar aqui.
evva
at 17:25 3 comments
je t'aimerais pour toujours*.
evva
*Do filme Paris, Je t'aime, a curta-metragem 14e Arrondissement, a minha preferida, realizada por Alexander Payne e protagonizada por Margo Martindale.
at 00:17 1 comments