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Se não fosse eu... ;-)
«Imagination is memory» James Joyce
De onde vem esta há outras...
MUUBIPI NEGA
Desde que tengo “uso de corazón” - se dice uso de razón? - recuerdo que a mi casa entraba y salía gente de muchos colores y lenguas. Maestros, aventureros, pastores de almas, curiosos, contrabandistas, anais de las montañas – yardormar-, cuerpos de paz, “smitsonianos”, canoeros de Boca Chica (Cartagena), candidatosacualquiecosaenlapolítica, sirenas perdidas en el mar kuna (una de ellas llegó con la lluvia y con la lluvia se fue) turistas accidentales y occidentales casi todos, marineros dules y no dules… y la linda anfitriona era mi abuela Clementina. Y recuerdo también que la única paga para nosotros era la alegría de la visita, seguida de la promesa nunca cumplida de mi abuela: “un día mis nietos te irán a visitar”.Algunos de estos visitantes se quedaron unas horas, otros, eventualmente, algunos días, otros semanas y hasta meses. Todos dejaron recuerdos, nuncameolvides, carcajadas, lágrimas, adioses; algunos dejaron u olvidaron ropa, mochilas, discos, libros, fotos, sombreros, y otros, se quedaron pegados a la retina de alguna adolescente tierna. Algunos de ellos eran deliciosos contadores de historias, largas hasta la madrugada, en las hamacas; otros, grandes escuchadores, y otros solo se reían (mi tío Fred era nuestro traductor, poeta y políglota: además del inglés, cualquiera lengua no era misterio para él. Un marinero tiene tatuado además de nombres y corazones, lenguas y países en la piel, nos decía)Mi abuela Clementina quedó viuda muy joven y nunca salió de Kuna Yala, creo que lo más lejos que viajó fue a la isla de Narganá, donde – Maria, mi madre - estudió su educación básica. Tiempos de vela, tiempos de vientos. La hospitalidad de la abuela la recuerdan viajeros, nómadas incansables de Copenhage y Chiriquí, de Coedup y de Paris, de Boca Chica (Cartagena), Florencia, Washington, Chepo, Mansucun, Mordi, de Caracas o Colón... y otras aldeas de este planeta.Así recuerdo la MariaNega – la Casa de María -, como le llaman los ustupeños, o MuuBipi Nega (La Casa de la Abuelita), como le llamaban los canoeros (marineros de Cartagena) al albergue de alegrías y aventureros que hoy continúa a la espera de amigos y viajantes.La casa de mi abuela olía siempre a frutas, creo que ella misma cargaba en su cuerpo ese olor, y de sus manos salían siempre exquisitas comidas, para ella cocinar era una fiesta, y una fiesta eran sus comidas, sus bebidas de cacao con banano, sus dule masi, pescado a manera kuna, sus panes hechos de maíz nuevo y que eran compartidos siempre con visitantes y los de casa.Tantas veces acompañé a mi abuela al caer la tarde, ya con la noche a la puerta, en los baños de humo, de cacao y palabras a los Nuchus, estos seres mágicos, hechos de balsa que ella estratégicamente colocaba por la casa. Hablaba con ellos y les pedía que cuidase a los seres que amaba, que protegiese a la aldea y sus habitantes y a todos los que habían pasado por casa. Los nuchus han sido y son los guardianes de nuestros sueños, guerreros contra todo mal.De estas historias y ternuras se alimentan muchas de mis crónicas, con las que tal vez trato de escribir un poema mayor de la aventura de viajar, de los encuentros y desencuentros, una poética de la errancia tal vez. Hoy es esta fabulosa maga –mi abuela Clementina–, su recuerdo quien inspira estas letras y alimenta ese poema escrito a muchas voces; mi abuela quien, con pocas palabras y con muchos de sus actos me enseñó que la aldea es el mundo, que peregrinos somos todos, que un abrazo, una sonrisa y un poco de pan y agua no se le niegan a nadie; mi abuela, a quien, como María, la de la canción de Facundo Cabral, le bastaba abrir los brazos para tener la medida de la ternura y el lazo que une la muerte y la vida…!
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at 18:12 3 comments
Cena de "O fabuloso destino de Amélie Poulain", aqui provavelmente dobrado em espanhol ou coisa assim. Mas quase não se nota. As palavras não têm lugar aqui.
Eu revi o filme na semana passada. E você?
andré
at 00:58 1 comments
at 23:13 2 comments
De como um professor não gastar o pouco tempo que tem...
at 21:04 0 comments
at 20:06 0 comments
at 13:19 0 comments
at 11:15 1 comments
Ricardo Araújo Perereira (in Boca do Inferno, 20 de Outubro de 2008) SóniaQuando, no passado domingo, o Ministério das Finanças anunciou que o Governo vai prestar uma garantia de 20 mil milhões de euros aos bancos até ao fim do ano, respirei de alívio. Em tempos de gravíssima crise mundial, devemos ajudar quem mais precisa. E se há alguém que precisa de ajuda são os banqueiros. De acordo com notícias de Agosto deste ano, Portugal foi o país da Zona Euro em que as margens de lucro dos bancos mais aumentaram desde o início da crise. Segundo notícias de Agosto de 2007, os lucros dos quatro maiores bancos privados atingiram 1,137 mil milhões de euros, só no primeiro semestre desse ano, o que representava um aumento de 23% relativamente aos lucros dos mesmos bancos em igual período do ano anterior. Como é que esta gente estava a conseguir fazer face à crise sem a ajuda do Estado é, para mim, um mistério.
at 18:08 0 comments
at 12:16 0 comments
at 11:02 0 comments
A Plataforma Sindical dos Professores promove na nesta sexta-feira, dia 24 de Outubro, pelas 17.00 horas, no Hotel Marquês de Sá, uma Conferência de Imprensa em que tornará públicas as razões por que, face à actual situação de desorganização, disfuncionamento e conflitualidade que a aplicação do modelo de avaliação do desempenho está a provocar nas escolas, exige a sua imediata suspensão.
A Plataforma Sindical dos Professores convida os/as Senhores/as Jornalistas a acompanharem esta Conferência de Imprensa.
É preciso e é urgente levar este assunto à discussão nas escolas. Mobilizem-se os professores para a realização de Reuniões Gerais!
Sónia
at 10:12 0 comments
Colóquio Internacional «D. Francisco Manuel de Melo e o Barroco Peninsular» - organização conjunta do CLP e do CIUHE – Centro Interuniversitário de História da Espiritualidade da Universidade do Porto. Calendário: 23/10 - FLUC; 24-25/10 - FLUP Sónia
at 00:58 0 comments
Conselho culinario precisa-se:
qual a melhor receita para uns rissoizinhos de camarao/carne?
Joana
at 20:24 8 comments
If you were the road
I'd go all the way
If you were the night
I'd sleep in the day
If you were the day
I'd cry in the night
'Cause you are the way
The truth and the light
If you were a tree
I could put my arms around you
And you could not complain
If you were a tree
I could carve my name into your side
And you would not cry,
'Cos trees don't cry
If you were a man
I would still love you
If you were a drink
I'd drink my fill of you
If you were attacked
I would kill for you
If your name was Jack
I'd change mine to Jill for you
If you were a horse
I'd clean the crap out of your stable
And never once complain
If you were a horse
I could ride you through the fields at dawn
Through the day until the day was gone
I could sing about you in my songs
As we rode away into the setting sun
If you were my little girl
I would find it hard to let you go
If you were my sister
I would find it doubly so
If you were a dog
I'd feed you scraps from off the table
Though my wife complains
If you were my dog
I am sure you'd like it better
Then you'd be my loyal four legged friend
You'd never have to think again
And we could be together till the end
If…, de "A short album about love" dos Divine Comedy
andré
at 18:01 4 comments
at 10:53 1 comments
Os Professores e Educadores abaixo-assinados, exigem a revogação do actual estatuto da carreira docente – ECD do ME – imposto contra tudo e todos, na sequência de um processo aparentemente negocial, dada a quantidade de reuniões realizada, mas no qual o Ministério da Educação recusou alterar o que de mais negativo apresentou logo na primeira reunião: a fractura da carreira, um regime de avaliação do desempenho sem conteúdo pedagógico, a existência de uma prova de ingresso na profissão, uma carreira ainda mais longa. Um estatuto para o qual verteram, ainda, algumas das medidas mais negativas impostas no âmbito da Administração Pública, tais como o roubo do tempo de serviço ou o agravamento dos requisitos para a aposentação.
Face a esta situação, os docentes exigem a revogação do ECD do ME e a aprovação de um ECD que dignifique e valorize a profissão docente. Um verdadeiro Estatuto que:
Consagre a existência de apenas uma categoria de Professor; Garanta a contagem integral de todo o tempo de serviço prestado; Estabeleça um modelo de avaliação pedagogicamente construído, tendo em conta a especificidade do exercício profissional da docência; Valorize a componente lectiva, expurgando do horário dos docentes os cada vez maiores tempos destinados a tarefas burocráticas e outras actividades sem interesse pedagógico; Elimine todos os mecanismos criados para afastar da profissão, docentes que são necessários às escolas, designadamente a espúria prova de ingresso.
at 21:27 4 comments
at 20:08 0 comments
Ama me fideliter
fidem meam nota
de corde totaliter
et ex mente tota
sum presentialiter
absens in remota
quisquis amat taliter
volvitur in rota
De vez em quando, regresso à terceira estrofe do quarto poema dos Carmina Burana.
evva
at 13:14 0 comments
at 23:59 2 comments
at 21:48 3 comments
ONTEM
Manel, evva et alii: Amanhã acompanha-nos na peregrinação matinal?
Sónia: Não posso... Muito trabalho! Aulas para preparar, o congresso a aproximar-se e o artigo ainda não está pronto...
Manel, evva et alii: Ok, está mais uma vez desculpada. Mas depois do congresso não se aceitam mais escusas.
Sónia (mão esquerda no Avante): Prometido!
HOJE
evva: Deixa-me espreitar o blog, a ver se os estrangeirados postaram alguma coisa... Quatro posts!!!??? E o trabalho académico? E as planos de aulas? Já está tudo pronto ou 'de manhã está-se bem é na caminha' com o computador em cima dos joelhos?
[evva]
at 14:46 0 comments
E porque nunca é demais, relembro "Movimento Perpétuo Associativo" a propósito da manifestação/plenário de 8 de Novembro e do texto de Paulo Duarte no "post" anterior.
at 11:05 2 comments
Paulo disse... Toda a pessoa tem o direito de fundar, com outras pessoas, sindicatos e de se filiar em sindicatos para defesa dos seus interesses. (Ponto 4 do Artigo 23º da Declaração Universal dos Direitos Humanos).As manifestações espontâneas, individuais ou colectivas são um direito – são a expressão da Democracia. As associações de professores, os sindicatos de professores e outras organizações registadas, com estatutos, com responsabilidades sérias e assumidas, com objectivos formalmente conhecidos e com um corpo de associados formalmente inscritos, são entidades legítimas e credíveis. Em toda e qualquer acção empreendida por estas organizações, os seus associados expõe a cara, o nome e os princípios que os movem… Não são espíritos livres – são Pessoas Livres que constroem a Democracia.Mas, na sombrinha protectora dos sms, dos e-mail, dos blogs… mas, também, na penumbra dos corredores das escolas ou na barulheira das salas de professores e dos bufetes das escolas … anda por aí, sem cara nem nome, uns espíritos amarrados a propósitos anónimos, com o intuito de denegrir a acção sindical universalmente consagrada. Nesses momentos é preciso haver precaução e discernimento suficientes para nos demarcarmos dessas movimentações anónimas. Estas milícias de acólitos da Sombra não são espontâneas – são preparadas e organizadas e, por algum motivo desconhecido, não se encontram registadas! Quem representa legitimamente os Professores? São as ORGANIZAÇÕES ESTABELECIDAS (sindicais, científicas, recreativas…) ou as CORPORAÇÔES CONSPIRATIVAS que as pretendem demover? É muito fácil, para um espírito, falar mal dos sindicatos sem nunca ter sido delegado ou dirigente sindical e sem nunca ter contribuído para as formas de luta que os sindicatos têm desencadeado, porque é nessas organizações que se luta democraticamente pelos nossos ideais, confrontando a nossa visão com a dos demais e aceitando, democraticamente, a opção do colectivo que vai crescendo com a força das diferenças unidas – os professores frustrados que se “colam” a estes espíritos são, muito provavelmente, aqueles adesivos (como lhes chamava Vitorino Nemésio) que, nas escolas, andam sempre a retorquir da acção sindical e a querer saber dos delegados/dirigentes, quando é que o Sindicato faz alguma coisa (por eles) mas, depois, quando há uma greve, queixam-se por ser ao sábado, queixam-se por ser à sexta, queixam-se porque têm um teste… e não sabem fazer mais do que isso mesmo – queixarem-se. Dedico-lhes a cantiga “Movimento Perpétuo Associativo” dos “Deolinda” (procurem-na no youtube). Vamos ver quem representa os professores – se os espíritos que organizaram o dia 15, ou os sindicatos que organizaram o dia 8, constituídos por professores, bem vivos, que não se escondem atrás de intrigas espirituais. A diferença entre uns e outros viu-se em algumas manifestações: para um espírito é fácil acenar uma faixa, ou cartaz, com a fotografia da Srª Ministra e com a palavra “vaca”. Este tipo de manifestos nunca transporta o nome das organizações sindicais. As palavras de ordem, as bandeiras, as faixas das organizações sindicais… todos esses suportes têm responsabilidades concretas para com aqueles que representam e que, afinal, são EDUCADORES de carne e osso e referências bem concretas para os seus alunos.A FENPROF anda a divulgar pelas escolas uma proposta aberta relativa a um modelo alternativo de avaliação do desempenho. A ideia é levar para as negociações de Junho/Julho, com o Ministério da Educação, algo de concreto e representativo da vontade dos professores. Qual é a proposta dos “espíritos”? Têm algum representante nas negociações de Junho/Julho? Têm andado pelas escolas a reunir de forma aberta com os professores, em reuniões legítima e legalmente convocadas, assumindo a responsabilidade pela palavra passada ou será que, pelo contrário, apanham este e aquele (mais desprevenido) e passam a palavra sob a mesma cobardia que tem sido a verdadeira causa da inércia e da desunião dos professores?Creio que, assim, ficam esclarecidos aqueles que ainda não tinham percebido as razões pelas quais a FENPROF não se “colou” à conspiração do dia 15. As organizações não se “colam” a corporações anónimas e esse é um dos vários sentidos de responsabilidade que as caracterizam.Que intenções terão aqueles que sabendo, à partida, que não têm condições logísticas para levar mais de cem mil professores a Lisboa, acabarão por permitir uma interpretação de desmobilização da classe docente relativamente à inesquecível “Marcha da Indignação”? É importante conseguir mais de cem mil professores em Lisboa no dia oito. O dia quinze nunca teria essa escala de participação e, penso eu, nunca teve essa intenção…Não sou espírito e tenho nome.Paulo Duarte"
Sónia
at 10:59 0 comments
at 20:42 1 comments
at 17:33 0 comments
at 23:52 1 comments
at 11:00 4 comments
Ainda a ressaca do botellón algarvio....
at 06:13 0 comments
at 07:58 0 comments
at 21:23 4 comments
at 21:16 4 comments
Talvez seja melhor ficar de quarentena por uns tempos...
at 20:05 6 comments
Erase una vezun lobito buenoal que maltratabantodos los corderos (bis).Y había tambiénun príncipe malouna bruja hermosay un pirata honrado (bis).Todas estas cosashabía una vezcuando yo soñabauna mundo al revés (bis).
at 14:14 0 comments
Quem tem medo de papões e de papoas
ainda não chegou à conclusão
que as bruxas más às vezes são boas
e as fada boas não
As bruxas são como as pessoas
e as pessoas são como são
se gostam delas, elas são boas
se não é, claro que não
Às vezes más, às vezes boas
e o lobo, o polícia e o papão
também calha gostarem das pessoas
depende da disposição
"As bruxas", letra de Manuel António Pina, música (se a pudessemos ouvir) de Suzana Ralha, do álbum "O Beco dos Gambozinos", intepretado pelo Bando dos Gambozinos
andré
at 17:00 2 comments
at 12:15 3 comments
at 10:56 0 comments
Aos nossos visitantes de Nord-Pas de Calais...
at 22:51 0 comments
"Em casa de exploradofala só de exploração.""Um país de pobresnunca terá um reino de céus.""Preso por ter cãoou preso para ser cão?""Quem para adiante olhaatrás não torna.""Rei?nem morto nem posto.""Quem é que está bemcom a vida que se tem?""Só pelo saber se deve ocupar um lugar.""Mais depressa se devia apanhar um ditadordo que um coxo.""Quem ainda pode vai-se.Quem nunca pôde fica-se.""Muito poucos fazem muito.""Governo velho e Nação novafornicam-se até à cova."
at 22:38 5 comments