sábado, janeiro 31, 2009
Liberdade de expressão III
"Num tempo em que se anunciam dezenas de despedimentos de jornalistas e em que muitas outras centenas exercem a profissão em extrema precariedade é forçoso que se reiterem os princípios deontológicos e se concite ao reforço da solidariedade profissional."
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A descoberta
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Liberdade de Expressão II
"É pela identidade de cada meio de informação que os profissionais se batem, até porque é essa mesma identidade - editorial e de conteúdos – que os levou a optar pelo jornal em que trabalham."
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sexta-feira, janeiro 30, 2009
Liberdade de expressão
"Desde sempre duramente penalizado pela integração em grupos de Comunicação Social, pois sempre foi impedido de viver à medida das audiências e dos resultados, o “Jornal de Notícias” tende a ser profundamente descaracterizado pela remodelação que o Grupo Controlinveste encetou, ao lançar um processo de despedimento colectivo que afectou, para já, 122 pessoas em quatro dos títulos de que é proprietário.São cada vez mais nítidos os indícios de que o referido grupo económico está a usar a crise para levar a cabo uma reestruturação, longamente pensada, que, através da criação de sinergias, destruirá a identidade dos dois jornais centenários de que é proprietário: o JN e o “Diário de Notícias”. Se o processo não for travado, os dois jornais, mesmo que mantenham cabeçalhos diferenciados, serão apenas suportes de conteúdos sem alma. A ideia não é nova e, com a concentração dos media e com alterações legislativas feitas à medida, está em pleno curso. É agora prática corrente a figura do “enviado notícias”, jornalista de um dos dois títulos em serviço no estrangeiro, que vê a sua reportagem (ipsis verbis) publicada em ambos, ainda ontem concorrentes, mesmo que integrados no mesmo grupo. Foi agora criada, à custa do despedimento de fotojornalistas, uma agência fotográfica cujos membros integrantes trabalharão, indiscriminadamente, para os jornais “Diário de Notícias”, “24Horas” e “O Jogo” (o JN entrará logo depois nesse esquema, a primeira grande machadada nas matrizes identitárias das publicações).O resto virá a seguir. Os jornais do Grupo Controlinveste passarão a ser, não importa se sob uma ou várias marcas, veículos de um pensamento unificado. Pensando apenas em optimização de recursos, descaracterizam-se redacções e nada impedirá, como acabou de suceder no JN com a informação internacional, que secções sejam extintas, uma vez que, nesta visão redutora, um só jornalista chegará para alimentar quantos jornais e páginas da Internet for necessário. A prática que se adivinha está já em curso na informação desportiva, em que JN e “O Jogo” partilham trabalho jornalístico. "
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quarta-feira, janeiro 28, 2009
Música Antiga
Para acabar bem a noite depois de um dia de desgaste / trabalho (distinguir bem os dois conceitos!) . E só custa 1 euro! Uma oportunidade rara nos tempos que correm (mal, para quem tem pouco dinheiro, o que é o mesmo que dizer, mal para quem trabalha...)
Sónia
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segunda-feira, janeiro 26, 2009
Gaza em Português
Aqui fica o registo de alguns apontamentos da luta pela paz na faixa de Gaza:
"Aqui vai uma pequena história e fotos sobre uma bandeira palestiniana que hoje voou sobre Lisboa.Uma bandeira voava por Lisboa. Subiu sobre o Camoes, deu uma cambalhota sobre os fios do electrico, endireitou-se, subiu e desceu o Chiado. Por baixo estavam cerca de 1400 pessoas a gritar "Palestina Vencerá". Era um por cada morto palestiniano no morticinio do ano novo de 2009. Neste Sabado nao se quis esquecer que a tregua israelita é uma mentira para encobrir um genocidio."V. fotografias aqui
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Prenda
Antes de mais, peço desculpa pela minha ausência prolongada neste espaço. Digamos que tive pouco disponibilidade.
Num momento que o país onde vivo (Bélgica) ainda tenta perceber o que deu um rapaz tímido de 20 anos na cabeça para matar dois bébés e uma educadora à facada, nem se quer vou tentar comentar o caso - é que não dá para perceber mesmo. Só se pode concluir que este começa a ser um país perigoso para crescer.
O que me traz então de volta? Bem, é a Sónia. Quero agradece-lhe sinceramente pela prenda que me deu este Natal (um livrinho de apontamentos, vulgo conhecido como agenda). Nele aponto desde o dia 1 de janeiro o que me vai na cabeça (não no coração, este fase já passei). Estes escritos nem sempre valem a pena, mas de algumas tenho vontade de as partilhar. Como por exemplo a minha contribuição do dia 23 de janeiro. Dedico-a à doadora desta prendinha tão jeitosa (segue uma tradução do Neerlandês):
Tudo vai bem (fonte: F. Castro)
A morte aproxima-se, mas continuem por favor,
tudo vai bem, obrigado
não se esqueçam que sou o pai da revolução,
nada me pesa no estômago,
no máximo peso eu no meu,
onde faço companhia ao meu cancro alastrado,
paus é trunfo,
nos olhos da morte,
tirei umas novas oportunidades,
para ser bom perdedor,
um curso rápido para condutores em contra-mão,
hoje há nevoeiro, mas sei que ela se aproxima,
sei o que digo, eu afinal sou
o pai
Wouter
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domingo, janeiro 25, 2009
Propaganda de Estado
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Futebol, Fátima e Fado
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sexta-feira, janeiro 23, 2009
Com atraso
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quarta-feira, janeiro 21, 2009
Números...
Os melhores também são divulgados no Blog do "Cão Azul":
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Policarpo, policarpo...
O título não é meu e os comentários também são emprestados, mas sendo certo que o assunto é sério, os melhores comentários são talvez os da equipa do Cão Azul e os do Bruno Nogueira.
at 20:34 0 comments
segunda-feira, janeiro 19, 2009
Sugestões
at 16:49 1 comments
A procura de sentidos
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E depois da greve... festa
O George Bush vai-se embora e o mundo está em festa. E o Porto também. Vamos festejar?
Joana
at 02:39 1 comments
domingo, janeiro 18, 2009
domingo, janeiro 11, 2009
Em Madrid
at 22:39 8 comments
Homenagem a Ary dos Santos
No próximo dia 18 de Janeiro passam 25 anos sobre o desaparecimento de José Carlos Ary dos Santos. Para evocar a efeméride, a Universidade Fernando Pessoa e a DORPPCP organizarão um serão / tertúlia que decorrerá no dia 12 de Janeiro, pelas 21h e 15m, no Auditório da Universidade. A sessão será aberta pelo Reitor da UFP, Professor Doutor Salvato Trigo. Ruben de Carvalho (PCP) e Isabel Ponce de Leão (UFP) dinamizarão a tertúlia moderada por Paulo Vila Maior (UFP), que cederá a palavra a todos quantos quiserem intervir. O Grupo Contra Corrente Fábrica Teatral cantará e declamará poemas do poeta. Entrada livre (daqui) Sónia
at 15:25 0 comments
Veneno Cura
"As pessoas deste filme são sobreviventes como nós, já passaram os 25 e já lhes aconteceu quase tudo e mesmo assim não desistem e continuam a tentar, a falhar, a fazer tudo mal e a tentar de novo e a falhar de novo, mas continuam"(Raquel Freire: aqui)
at 12:02 0 comments
Em Israel
at 00:36 2 comments
sábado, janeiro 10, 2009
sexta-feira, janeiro 09, 2009
Noite da inquietação II
at 00:53 1 comments
quinta-feira, janeiro 08, 2009
5 factos sobre Gaza
Michel
Op-Ed Contributor
What you don't know about Gaza
By
NEARLY everything you’ve been led to believe about Gaza is wrong. Below are a few essential points that seem to be missing from the conversation, much of which has taken place in the press, about Israel’s attack on the Gaza Strip.
THE GAZANS Most of the people living in Gaza are not there by choice. The majority of the 1.5 million people crammed into the roughly 140 square miles of the Gaza Strip belong to families that came from towns and villages outside Gaza like Ashkelon and Beersheba. They were driven to Gaza by the Israeli Army in 1948.
THE OCCUPATION The Gazans have lived under Israeli occupation since the Six-Day War in 1967. Israel is still widely considered to be an occupying power, even though it removed its troops and settlers from the strip in 2005. Israel still controls access to the area, imports and exports, and the movement of people in and out. Israel has control over Gaza’s air space and sea coast, and its forces enter the area at will. As the occupying power, Israel has the responsibility under the Fourth Geneva Convention to see to the welfare of the civilian population of the Gaza Strip.
THE BLOCKADE Israel’s blockade of the strip, with the support of the United States and the European Union, has grown increasingly stringent since Hamas won the Palestinian Legislative Council elections in January 2006. Fuel, electricity, imports, exports and the movement of people in and out of the Strip have been slowly choked off, leading to life-threatening problems of sanitation, health, water supply and transportation.
The blockade has subjected many to unemployment, penury and malnutrition. This amounts to the collective punishment — with the tacit support of the United States — of a civilian population for exercising its democratic rights.
THE CEASE-FIRE Lifting the blockade, along with a cessation of rocket fire, was one of the key terms of the June cease-fire between Israel and Hamas. This accord led to a reduction in rockets fired from Gaza from hundreds in May and June to a total of less than 20 in the subsequent four months (according to Israeli government figures). The cease-fire broke down when Israeli forces launched major air and ground attacks in early November; six Hamas operatives were reported killed.
WAR CRIMES The targeting of civilians, whether by Hamas or by Israel, is potentially a war crime. Every human life is precious. But the numbers speak for themselves: Nearly 700 Palestinians, most of them civilians, have been killed since the conflict broke out at the end of last year. In contrast, there have been around a dozen Israelis killed, many of them soldiers. Negotiation is a much more effective way to deal with rockets and other forms of violence. This might have been able to happen had Israel fulfilled the terms of the June cease-fire and lifted its blockade of the Gaza Strip.
This war on the people of Gaza isn’t really about rockets. Nor is it about “restoring Israel’s deterrence,” as the Israeli press might have you believe. Far more revealing are the words of Moshe Yaalon, then the Israeli Defense Forces chief of staff, in 2002: “The Palestinians must be made to understand in the deepest recesses of their consciousness that they are a defeated people.”
Rashid Khalidi, a professor of Arab studies at Columbia, is the author of the forthcoming “Sowing Crisis: The Cold War and American Dominance in the Middle East."
at 20:13 0 comments
Informações úteis
Não pretende ser uma rúbrica deste blog mas quase. Aqui vai a primeira.
Lista de locais com internet à borlix em Portugal.
André
at 16:50 0 comments
Hipocrisia sangrenta
Altos responsáveis de países que se consideram faróis da «civilização» multiplicam apelos à «contenção» e ao «cessar-fogo» em Gaza, como quem procura assim cumprir uma obrigação perante o «agravamento da crise» no Médio Oriente. A hipocrisia de presidentes, ministros, diplomatas ou porta-vozes é tão óbvia como de costume, mas ainda consegue ser chocante tendo em consideração a tragédia que vitima mais de um milhão de meio de pessoas amontoadas num pequeno território inóspito aferrolhado entre Israel, o Egipto e o Mediterrâneo.
Tais apelos baseiam-se na objectividade de um pretenso distanciamento entre as «partes em conflito», assim se exigindo uma rigorosa simetria de comportamentos como numa guerra convencional entre exércitos clássicos. Simetria, pois, entre civis indefesos e as forças armadas que ocupam o quarto lugar no ranking das mais poderosas do mundo; entre ocupados e ocupantes; entre morteiros mais ou menos artesanais e o poder de fogo dos F-16 e dos tanques de última geração; entre comunidades famintas sujeitas há anos a um feroz bloqueio de bens essenciais e uma nação estruturada apoiada sem limites pelo mais poderoso país do planeta; entre as vítimas e respectivos descendentes de uma limpeza étnica e os ses autores.
O Hamas quebrou a trégua e tem de pagar, devendo desde já sujeitar-se ao regresso ao cessar-fogo faça o inimigo o que fizer, sentenciam os diplomatas civilizados. Trégua que verdadeiramente nunca existiu, uma vez que foi desde logo desrespeitada pelo Estado de Israel ao violar um dos seus pressupostos essenciais: o fim do bloqueio humanitário a Gaza. Durante os últimos seis meses o cerco não apenas se manteve como se apertou.
Como movimento terrorista, o Hamas tem que pagar, dirão ainda e sempre os civilizados senhores do poder de distinguir os que são e os que não são terroristas, do mesmo modo que lançam guerras contra possuidores de armas de extermínio que nunca existiram.
O Hamas, porém, praticamente não era nada quando se iniciou a primeira Intifada palestiniana, em fins de 1988. Hoje, o papel dos serviços secretos de Israel na criação efectiva de um movimento islâmico, o Hamas, para dividir a resistência nacional palestiniana dirigida pela Organização de Libertação da Palestina (OLP) já nem é sequer um segredo de Polichinelo. Os interessados em aprofundar o assunto poderão começar por pesquisar através da obra de Robert Dreyfuss e começar a desenrolar o novelo. Descobrirão elementos muito interessantes e com flagrante actualidade. A verdade é que de grupinho divisionista e terrorista o Hamas se transformou num movimento que, tirando dividendos dos fracassos sucessivos do chamado processo de paz, boicotado por Israel e Estados Unidos e assumido pela Fatah como única opção estratégica, conseguiu ganhar as eleições parlamentares palestinianas em 2006. O Hamas cresceu com as estratégias militaristas em redor, como os talibãs no Afeganistão (agora controlando zonas a menos de 50 quilómetros de Cabul) ou o Hezbollah no Líbano, fruto das invasões israelitas da década de oitenta.
Reconhecer que o Hamas é agora uma realidade evidente no problema israelo-palestiniana não significa fraqueza, simpatia ou conivência com o terrorismo. É, prosaicamente, uma simples questão de senso comum.
As eleições de 2006, proclamaram os observadores internacionais, muitos deles oriundos das terras «civilizadas», foram livres e justas. Logo, ao Hamas coube formar governo – diz-se que é assim que funciona a democracia.
Engano puro. A chamada «comunidade internacional» decidiu não reconhecer o governo escolhido pela maioria dos palestinianos; nem sequer aceitou uma aliança entre o Hamas e a Fatah, que praticamente fazia o pleno da vontade dos eleitores. Pelo contrário, também não são segredo as diligências da administração de George W. Bush e do governo israelita de Ehud Olmert para lançar a guerra civil entre as duas principais organizações palestinianas – chegando, para isso, a fornecer armas à Fatah – fazendo simultaneamente por ignorar o acordo entretanto estabelecido pelos dois movimentos sob mediação do Egipto e da Arábia Saudita.
Este processo conduziu à divisão palestiniana: a Fatah na Cisjordânia e Jerusalém Oriental, dependente do que Israel lhe permite ou não fazer; e o Hamas controlando Gaza, território dos seus principais feudos. Daí ao bloqueio a Gaza e, agora, à invasão, foi um pequeno salto.
O massacre está em curso, assistindo-se na comunicação social a tão curiosos como ridículos esforços para distinguir entre vítimas civis e militares. Em Gaza, para que conste, não há militares, a não ser os invasores. Existem restos da polícia autonómica, militantes do Hamas armados e organizados como milícias. O resto é milhão e meio de desempregados, famintos e humilhados. Tal é o inimigo de Israel que lançou alguns morteiros, por exemplo contra a cidade de Asqelon, que em 1948 se chamava Al-Majdal e era uma aldeia árabe cuja população, vítima da limpeza étnica em que assentou a criação do Estado de Israel, se refugiou em Gaza.
Os dirigentes de Israel asseguram que os «civis» serão poupados durante a invasão. Tal como aconteceu em 1982 em Beirute, onde os militares comandados por Ariel Sharon, fundador do partido de Ehud Olmert e Tzipi Livni, destruíram o sector ocidental da cidade, acabando por patrocinar os massacres de Sabra e Chatila. Ou em 1996, quando Shimon Peres, actual presidente israelita, foi responsável pelo massacre de Canan, também no Líbano, e mesmo assim perdeu as eleições parlamentares.
Gaza, ainda assim, será diferente de Sabra e Chatila. Agora, os soldados israelitas sujam mesmo as mãos com o sangue das populações indefesas – salpicando inevitavelmente os hipócritas que os defendem.
Artigo de opinião de José Goulão no último volume da edição Portuguesa do Le Monde Diplomatique
André
at 10:28 1 comments
terça-feira, janeiro 06, 2009
segunda-feira, janeiro 05, 2009
Nações Unidas
A sigla ONU, toda a gente o sabe, significa Organização das Nações Unidas, isto é, à luz da realidade, nada ou muito pouco. Que o digam os palestinos de Gaza a quem se lhes estão esgotando os alimentos, ou que se esgotaram já, porque assim o impôs o bloqueio israelita, decidido, pelos vistos, a condenar à fome as 750 mil pessoas ali registadas como refugiados. Nem pão têm já, a farinha acabou, e o azeite, as lentilhas e o açúcar vão pelo mesmo caminho. Desde o dia 9 de Dezembro os camiões da agência das Nações Unidas, carregados de alimentos, aguardam que o exército israelita lhes permita a entrada na faixa de Gaza, uma autorização uma vez mais negada ou que será retardada até ao último desespero e à última exasperação dos palestinos famintos. Nações Unidas? Unidas? Contando com a cumplicidade ou a cobardia internacional, Israel ri-se de recomendações, decisões e protestos, faz o que entende, quando o entende e como o entende. Vai ao ponto de impedir a entrada de livros e instrumentos musicais como se se tratasse de produtos que iriam pôr em risco a segurança de Israel. Se o ridículo matasse não restaria de pé um único político ou um único soldado israelita, esses especialistas em crueldade, esses doutorados em desprezo que olham o mundo do alto da insolência que é a base da sua educação. Compreendemos melhor o deus bíblico quando conhecemos os seus seguidores. Jeová, ou Javé, ou como se lhe chame, é um deus rancoroso e feroz que os israelitas mantêm permanentemente actualizado.
at 23:18 3 comments
sábado, janeiro 03, 2009
E o ano começa bem...
Pelo menos com duas boas sugestões de concertos...
at 11:23 0 comments