O regresso
"A carga pronta metida nos contentores"
Revejo a minha situação de regresso às aulas naquela emblemática canção dos Xutos e Pontapés. Sou professora numa das muitas escolas que se encontrarão durante este ano num processo de obras iniciado demasiado tarde, mas que (para compensar?) iniciam o ano lectivo talvez demasiado cedo... Quando deixei a escola na sexta-feira à tarde, ainda não estavam montados todos os contentores de que precisamos para amanhã. Segundo uma amiga, hoje, nas notícias, tinham já mostrado o "andar modelo" dos contentores em que vou dar aulas e não lhe tinha parecido nada mal... São bem melhores, sem dúvida, que as outras salas que não mostraram e em que também vamos trabalhar até se iniciar a segunda fase de demolição...
Depois destas obras que vamos começar em vésperas de eleições e às quais se dá agora muita visibilidade fazendo grande alarde do montante investido, vamos certamente gozar de muito melhores condições, mas, na parte que me toca, não vou esquecer o muito tempo que tive que esperar por elas, pensando se não estariam a gozar comigo...sensação que, aliás, ainda não passou...
Depois destas obras que vamos começar em vésperas de eleições e às quais se dá agora muita visibilidade fazendo grande alarde do montante investido, vamos certamente gozar de muito melhores condições, mas, na parte que me toca, não vou esquecer o muito tempo que tive que esperar por elas, pensando se não estariam a gozar comigo...sensação que, aliás, ainda não passou...
Sónia
3 comentários:
É bom não esquecer. Ter memória é bom, desde que essa memória seja usada em proveito de uma visão construtiva do futuro.
Se servir para fazer uma escolha eleitoral desenganada, acho que é o caso.
Sinceramente ainda não percebi a razão de algumas dessas obras. Na minha escola vão demolir uma biblioteca com apenas dois anos e que tomaria muita escola ter.
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