Livros
«[uma] sala que parecia um cruzamento entre a biblioteca e o estúdio de um cavalheiro do século dezassete. A ajuizar pelos livros atrás da rede entrecruzada do armário de madeira, vermelho e grande como um roupeiro, o século do cavalheiro até podia ter sido o dezasseis. Havia cerca de sessenta volumes gordos, brancos, encadernados a pergaminho, de Alceu a Zenão; o suficiente, em suma, para um cavalheiro; mais fariam dele um pensador, o que teria efeitos desastrosos nas suas maneiras ou no seu património»
Do livro de Joseph Brodsky que muito me acompanhou nas últimas férias, Marca de Água (1940), sublinhados meus.
Se o meu património está irremediavelmente lesado, que dizer das maneiras? Ou as palavras adequar-se-ão apenas a 'cavalheiros'? Pelo sim pelo não, desconfiem sempre dos que albergam em casa mais de seis dezenas de volumes.
evva
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