sábado, maio 10, 2008

Wraygunn na Queima das Fitas

Foi talvez o melhor concerto desta Queima - há quem diga que o único...
Pela minha parte, continuo a precisar nestas datas, de isolar o que me agrada (a música, a festa, a descompressão, o alcool, o encontro...)  de tudo o resto que é a Queima e a Tradição Académica em si. Continuo a incompatibilizar-me com as suas contradições e a não entender e não gostar que os que não estudam celebrem nesta altura o facto de serem "estudantes" e que esses, para se disfarçarem de tal, recorram a um traje que, se em tempos resolvia e escondia a falta de dinheiro para comprar roupa, agora denuncia precisamente que se tem dinheiro, porque é roupa de que ninguém precisa; continuo a não entender e a não aceitar que quem, em princípio,  mais sabe - porque supostamente estuda - revele a ignorância e o primarismo de se apoiar num traje, na antiguidade acumulada nas matrículas (por vezes contraditariomennte excessivas) e nos galões que o mesmo à custa delas ostenta, para se situar perante os outros numa posição de poder dentro do grupo. Triste!

Felizmente sempre teremos ... Shangri La!

Sónia

1 comentário:

Esplendor disse...

Penso que a tradição académica tal como hoje é vivida (houve tempos em que as energias eram canalizadas para coisas bem mais importantes que praxes e cortejos) é um sistema entrópico que se justifica a si mesmo. desconfio de tudo que tem de ser porque é assim, e é assim porque tem de ser. E isto já não falando do sistema hierarquizado e atrevo-me até a dizer patriarcal (veja-se as ultimas declarações do Dux do Porto).