A descoberta
“Descubrir lo desconocido no es una especialidad de Simbad, de Erico el Rojo o de Copérnico. No hay un solo hombre que no sea un descubridor. Empieza descubriendo lo amargo, lo salado, lo cóncavo, lo liso, lo áspero, los siete colores del arco y las veintitantas letras del alfabeto; pasa por los rostros, los mapas, los animales y los astros; concluye por la duda o por la fe y por la certidumbre casi total de su propia ignorancia.”
BORGES, Jorge Luis (in El Atlas)
Sónia
4 comentários:
Perspectivas...
Em contrapartida, diz José Saramago:
Muito do que vejo, só o vejo porque outros o viram antes. Dói-me até ao remorso ter sido tão poucas vezes na minha vida aquele que viu.
Daqui: http://caderno.josesaramago.org/2009/01/28/gervasio-sanchez/
As perspectivas nem sempre se opõem: diferentes olhares sobre a realidade ajudam-nos a vê-la melhor.
Gosto particularmente do encontro destas duas perspectivas nas palavras de Bernardo de Chartres (1159) e que José Francisco Meirinhos (obrigada, Elsa, pela pista) comenta da seguinte forma:
"A posição conciliadora entre antigos é modernos é-nos dada pela afortunada metáfora de Bernardo de Chartres, que conjuga um certo pessimismo histórico (menor estatura dos modernos) com um optimismo gnosiológico (podemos ver mais coisas).
«Somos como anões aos ombros de gigantes, pois podemos ver mais coisas do que eles e mais distantes, não devido à acuidade da nossa vista ou à altura do nosso corpo, mas porque somos mantidos e elevados pela estatura de gigantes.» (Bernardo de Chartres, referido por João de Salisbúria, Metalogicon III, 4 (ed. Webb, Oxford 1929, p. 136 l. 23-27.) "
(daqui:http://www.hottopos.com.br/mirand9/meirin.htm#_ftnref20)
Sónia
Somos como anões aos ombros de gigantes
Grande metáfora. Somos mesmo anões. E, algumas vezes(felizmente, e espero que com consciência e modéstia), conseguimos ver mais do que um gigante.
Convém dizer que Cícero era um dos gigantes em quem se apoiou Bernardo de Chartres para chegar a esta metáfora...
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