quarta-feira, maio 13, 2009

Ainda o Magalhães

Independentemente de notícias como esta (ver aqui) terem ou não fundamento e sentido, discordo de uma exploração noticiosa insistente do lado menos importante desta história. A forma como nos temos habituado a rir facilmente do que é sério é perigosamente distractora.
Note-se que não é o potencial revolucionário do riso que eu critico e cujo papel ao longo da história merece a minha homenagem, com particular destaque para os bobos de corte medievais que, por debaixo das vestes de tontos, da chacota generalizada e dos sopapos que apanhavam, viviam de rir-se dos grandes, usando a cabeça para pôr estes a rir-se deles mesmos, numa altura em que aquela se perdia facilmente... O que eu critico são as "vistas curtas" de hoje que preferem expor o perigo da miopia que pode advir do uso destas máquinas, quando podiam (e deviam) denunciar a miopia que está na sua origem enquanto instrumento de propaganda do regime.

Sónia

4 comentários:

João Sá disse...

Verdade.
O caminho não é este.
Há problemas bem mais sérios a longo prazo.

Esplendor disse...

Mas isto é ou não importante? Se nós adultos já sentimos os olhos secos ou lacrimejantes e as dores nas costas é ou não fundamental alertar-se os pais para estes problemas?

evva

João Sá disse...

Claro que é importante.
Mas não é um problema específico do Magalhães. É um problema do uso abusivo e descontrolado das tecnologias (e dos computadores)!

Sónia Duarte disse...

Obviamente...
(que, por acaso, até uma palavra de que não gosto muito...)