Muito belo! Mas, lendo o resto do poema e outros poemas de RR percebe-se que ele nega a existência de livre-arbitrário. E, no fundo, prega o conformismo. Apesar de filosoficamente o tema ser discutível, creio que a nossa vida será melhor se acreditarmos que não há destino nenhum mas sim livre-arbitrário.
O que me interessava hoje era evocar RR e o seu epicurismo, daí reproduzir apenas a primeira estrofe do poema. Até mesmo no livre-arbítrio a contenção é necessária, se não indispensável. Mais do que o conformismo, RR escolhe a vivência contida do presente («Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,/ Pagãos inocentes da decadência.»), para exorcizar a dor e o cansaço do mundo. As árvores, e as sombras, alheias podem ser enganadoras. Repare-se na árvore da foto, um tronco robusto, os ramos despidos.
5 comentários:
Muito belo!
Mas, lendo o resto do poema e outros poemas de RR percebe-se que ele nega a existência de livre-arbitrário. E, no fundo, prega o conformismo. Apesar de filosoficamente o tema ser discutível, creio que a nossa vida será melhor se acreditarmos que não há destino nenhum mas sim livre-arbitrário.
O que me interessava hoje era evocar RR e o seu epicurismo, daí reproduzir apenas a primeira estrofe do poema. Até mesmo no livre-arbítrio a contenção é necessária, se não indispensável. Mais do que o conformismo, RR escolhe a vivência contida do presente («Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,/ Pagãos inocentes da decadência.»), para exorcizar a dor e o cansaço do mundo.
As árvores, e as sombras, alheias podem ser enganadoras. Repare-se na árvore da foto, um tronco robusto, os ramos despidos.
evva
:)
Muito bonito, o poema e o teu comentário..
até breve
Wouter
O alheio que incomoda a necessária solidão de quem gosta de tomar as suas decisões...
O alheio de um árvore de outras terras, que nos são alheias...
Esta duplicidade de sentidos foi um feliz acaso ou foi pensada?
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