sábado, março 24, 2007

Primavera...





Uma semana de tanto trabalho que mal a senti chegar (a propósito, que lindo poema, laerce), mas quando sinto aproximar o tempo 'prin' recordo-me sempre dos primeiros versos de La Nuit de Mai, de Alfred de Musset (1810–1857), em que uma musa chama pelo seu poeta e lhe pede um beijo, na noite em que a Primavera se inicia. Por que razão o intitulou Musset La Nuit de Mai, nunca o soube, mas na adolescência, idade de todos os romantismos, era um dos meus poemas preferidos.


LA MUSE



Poète, prends ton luth et me donne un baiser;
La fleur de l’églantier sent ses bourgeons éclore.
Le printemps naît ce soir; les vents vont s’embraser;
Et la bergeronnette, en attendant l’aurore,
Aux premiers buissons verts commence à se poser;
Poète, prends ton luth et me donne un baiser.






evva





P.S.: O poema é muito longo, com as respostas sucessivas do poeta, perdido na seu egocentrismo, a não reconhecer o 'fantasma' que o chama e a musa a insistir no seu pedido. Para o lerem na íntegra, podem clicar aqui.

2 comentários:

clarinda disse...

espero que a segunda parte do dia da poesia te tenha corrido bem. Já sobe que sim.

Obrigada por tudo, por aquela manhã, por esta referência a perséfona.

Esplendor disse...

Foi um prazer!

evva