Colheita de luxo
Anos de medicação pesada fizeram-me engordar uns quilitos nos últimos tempos e trouxeram complicações várias. Eis-me agora condenada a uma dieta cerrada, nem sempre seguida com a regularidade devida (as más companhias...), mas vigiada de perto e a obrigar-me a consultas de quinze em quinze dias.
Como o consultório fica nas imediações da melhor concentração de livrarias do Porto, sempre que os resultados do policiamento são positivos ofereço-me um livro. Invariavelmente os passos conduzem-me à Poetria, que tem sempre à porta duas mesas de usados que adoro vasculhar.
Se há duas semanas encontrei uma óptima edição do Amada de Toni Morrison, a colheita de hoje, apesar dos míseros 400 grs a menos na balança (pouquinho, pouquinho, mas devagar se vai bem longe), foi um exemplar do Décima Aurora, de António Osório (1977-1981) com dedicatória redigida pela mão do poeta, quatro desenhos de Mário Botas e um interessante prefácio de Joaquim Manuel Magalhães.
Mal abri o livro e encontrei os versos que se seguem, ficou selado o destino dos últimos trocos que trazia. Vou andar a pão e água uns dias, mas terei com que alimentar a alma.
Se há duas semanas encontrei uma óptima edição do Amada de Toni Morrison, a colheita de hoje, apesar dos míseros 400 grs a menos na balança (pouquinho, pouquinho, mas devagar se vai bem longe), foi um exemplar do Décima Aurora, de António Osório (1977-1981) com dedicatória redigida pela mão do poeta, quatro desenhos de Mário Botas e um interessante prefácio de Joaquim Manuel Magalhães.
Mal abri o livro e encontrei os versos que se seguem, ficou selado o destino dos últimos trocos que trazia. Vou andar a pão e água uns dias, mas terei com que alimentar a alma.
Provérbio de Espanha
Cada dia tem a sua pena.
Semeia no teu ânimo.
A rubínia morreu, planta
outra e não descures ambas.
[evva]
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