quarta-feira, dezembro 10, 2008

O DN não publicou...

"Cara Sra. jornalista Fernanda Câncio,
 
O seu artigo com o título "UM, DOIS, TRÊS, VAMOS CONTAR OUTRA VEZ", disponível em  http://dn.sapo.pt/2008/12/05/opiniao/um_dois_tres_vamos_contar_outra_vez.htmltem algumas coisas positivas. O tom de escrita é leve, fácil de ler, e, até certo ponto, original.
Apesar disso, fica-se por aqui no que de positivo tem. Tudo o resto revela uma postura tendenciosa e pouco (ou nada) aberta! O que, à partida, me parece inconsistente com uma imagem de jornalista moderna e, diria, quase radical que parece querer transmitir.
 
Concordei com uma frase sua: "Simplesmente, estou farta deste e não vejo o ponto da sua continuação.". Eu também estou. Infelizmente, vamos ter de continuar. A Razão assim o demanda.

Se, para si, abertura é arrogância. Se, para si, diálogo é autoritarismo (muito diferente de autoridade - e os professores sabem-no bem). Se, para si, democracia é governar para os números. Se, para si, democracia é afirmar "A" à segunda e "não A" à terça. Se, para si, democracia é ser dono da verdade. Se, para si, democracia é desrespeitar a lei. Se, para sim, democracia é dizer uma coisa e fazer outra. Se, para si, democracia é fazer tudo o que de anti-democrático este governo PS tem feito. Então, não sei o que é democracia.
 
Já votei PS. Mas, PS, com este(s) sr.(s) onde a aparência é uma e a essência é o oposto, nunca mais. A Verdade (em toda a sua plenitude) e os Princípios ainda valem para os Professores. Os Professores, mesmo que zecos, são políticos com uma nobreza incomparavelmente superior à de qualquer dos seus democratas.
 
A propósito, e para que conste. Sou professor. Não sou militante de nenhum partido. Não sou sindicalizado. Nunca votei PCP.
Aconteceu assim. Poderia ter acontecido de outra forma. Mantinha-se igual tudo o que escrevi.
 
O único objectivo deste email é contribuir, mesmo que infinitesimamente, para que a sua essência se aproxime um pouco mais da aparência. Não foi isso que vi neste artigo. Não é isso que vejo neste governo. E é por isso que luto. Uma Escola, um País, e um Mundo, mais justos e mais verdadeiros. Não quero um mundo de ilusão."

João Sá


Sónia

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