Congressistas de fim-de-semana

i) no Congresso do PCP (29 e 30  de Novembro e 1 de Dezembro, em Lisboa)

Debatidas em mais de 1200 reuniões e assembleias plenárias, o projecto de teses do PCP foi aprovado no seu XVIII Congresso tendo sido objecto de mais de um milhar de propostas de alteração, tendo sido consideradas e acolhidas (total ou parcialmente) na proposta final do projecto de Resolução Política mais de 550 alterações que o enriquecem, precisam ou rectificam, para além , claro está de propostas de correcção ortográfica/gramatical, segundo se pode ler no Relatório da Comissão de Redacção. 

Relativamente ao que aqui se questionou, a comissão de Redacção decidiu não aceitar propostas de alteração que considerava que "1)visavam eliminar a referência por inteiro da ideia ou da enunciação dos países que, definindo como orientação e objectivo a construção do socialismo, resistem à ofensiva imperialista; 2) se pronunciavam por uma avaliação que precipitava juízos sobre a realidade e o papel da China na vida internacional; 3) procediam a uma revisão das teses essenciais apuradas no XIII e XIV Congresso sobre as razões da derrota do socialismo. (...) Não foram ainda aceites algumas outras propostas ou meros enunciados gerais, que, não significando discordância com as mesmas, se propunham introduzir desenvolvimentos inadequados na caracterização de vários países e processos (de que são exemplo os referentes ao posicionamento internacional da Rússia, ao socialismo em Cuba, ao processo revolucionário na Venezuela ou na Bolívia). "

ii) no I "Encuentro Internacional de Centros de la Memoria Histórica" (28 de Novembro, em Salamanca)

O Congresso, promovido pelo Ministério da Cultura, acontece num momento particularmente conturbado, em que se discute a quem e se a alguém compete julgar o golpe de Estado franquista e os crimes dele decorrentes. Sobre esta questão v. editorial de El País de 29/11/08. 

iii) a reunião de Maria de Lurdes Rodrigues e José Sócrates com professores do PS (29 de Novembro, em Lisboa)

A reunião correu bem: segundo percebi recentemente, correm sempre bem na perspectiva de Maria de Lurdes Rodrigues...

Já agora uma sugestão: a bem da democracia, seria enriquecedor que o Governo reunisse também com professores dos outros grupos parlamentares e utilizasse igualmente as conclusões dessas reuniões para avaliar a recepção da sua política educativa, se é que a manifestação de professores e a última greve, não foram suficientemente esclarecedoras...

Sónia