terça-feira, novembro 18, 2008

Manifesto

Transcrevo o texto que retirei daqui via dali:


Recebida por e-mail, fica a sugestão do MB, um professor (lutador) que respeito pela coerência do discurso. (Os destaques, em bold e sublinhado, são de minha autoria)

Companheiros/as de profissão, cidadãos/ãs,

Penso que podemos ir mais além, na blogosfera e no mundo real, se afixarmos nos blogues uma espécie de manifesto, no sentido de dar um sentido estratégico. O sentido estratégico que falta: 

MANIFESTO

esta luta não é tanto contra o governo em si mesmo, mas antes a favor do retomar do consenso social alargado em torno da educação: que a Lei de Bases do Sistema Educativo deixe de ser espezinhada pelo poder (para gaudio dos privados, que querem torcê-la a seu favor).

esta luta implica a correcção das distorções burocráticas que tornaram não-operacionais, ao ponto de se tornarem inócuos, os sindicatos que temos. Não é contra os sindicatos, não é à margem dos sindicatos, é dentro dos sindicatos que temos. É portanto a favor dos sindicatos, pelo revigorar dos mesmos.

esta luta tem de criar raízes, tem de instaurar práticas de democracia directa nas escolas. Querem transformar as nossas escolas em empresas, pois então que sejam empresas auto-geridas, não empresas com uns gestores autoritários a mandarem no pessoal e lá colocados pelo poder (central ou autárquico, tanto faz) por compadrio político e pessoal.

esta luta é contra o medo, pela dignidade das pessoas se afirmarem num país livre, que não quer regressar a fascismos, sejam eles de que tonalidade forem . É portanto a favor da liberdade de opinião, da liberdade verdadeira de ensinar e aprender, um aspecto central para uma escola pública democrática.

esta luta não é corporativa. Pois, corporativa seria uma luta em que os seus intervenientes estariam apenas interessados nos seus interesses profissionais próprios. Nós estamos - de facto - a lutar pelo nosso interesse, mas no contexto do interesse geral. A cidadania é a nossa aliada natural, em particular os encarregados de educação. Talvez devessem eles mesmo ser tão activos quanto nós, nesta luta.

Estes pontos podem ser diferentemente enunciados. Se estiveres de acordo em discuti-los, podemos tentar estabelecer os nossos pontos de consenso e propor a outros a sua discussão alargada.

Abraço,

MB

Sónia

1 comentário:

João Sá disse...

Cá está. Sempre descobriste como subscrever o texto!