sexta-feira, dezembro 12, 2008

Ainda António Ribeiro Ferreira



"Os professores, sindicatos e uma oposição cada vez mais lamentável querem voltar a um passado recente em que os alunos apenas serviam para perturbar as masturbações pedagógicas dos professores que transformaram a escola pública em algo muito pouco recomendável."
António Ribeiro Ferreira, Jornalista

Sobrancelha farta, cabelo grisalho, gravata lisa com nó esganado, casaco afável e com um padrão “de toda a gente”, braços cruzados e mãos bem guardadas, um olhar sério e convincente a brincar com a câmara, um reflexo de flash na vidraça… Quanta humildade!
Posa como o “vizinho do lado”, veste como o “inspector de finanças”, olha como o “dirigente sindical”, mas escreve com a “caneta” apontada para a sanita – masturbações pedagógicas!
Que grande ejaculação jornalística!
Nasça-se alguém ou ninguém, tanto faz. Mas é preciso morrer-se alguém: vizinho António, inspector Ribeiro, dirigente Ferreira, ou outra fabricação derradeira. Tal como escreveu o Eça – trata-se de cair bem, meus amigos, como os antigos gladiadores: «Oh egoísmo mundano, os que vão morrer saúdam-te!».
No final, o cadáver de um escravo no chão da arena, arrastado pelos bois, terá o merecido aplauso de um resto de humanidade.
Se, pelo menos, despisse o fatinho e montasse a armadura – com a ferrugem, o sangue seco, tudo...


"É evidente que a culpa nunca pode ser dos professores, muitas vezes licenciados em universidades da treta, com cursos da treta, com diplomas da treta, que arranjaram emprego na escola pública."
António Ribeiro Ferreira, Jornalista

Não existem universidades da treta!
Jornalista, de armadura, que conheça uma universidade da treta, saberá bem o que pode e deve fazer com tal informação e, se não o fizer, ou não será jornalista ou não terá armadura – terá fatinho.
Porém – está visto – existem jornalistas dispostos a trocar a palavra pela treta.
Entre as duas, há uma que se vende e uma que não se compra.

O professor não faz a opinião dos outros…
O professor não faz escárnio das outras profissões…
Professores e jornalistas serão assim tão diferentes?
Serão assim tão iguais?"

Paulo Duarte,
Professor.


Acabo de descobrir que as devidas instâncias também já criticaram o código deontológico deste  jornalista, como se pode comprovar no site do Sindicato dos Jornalistas, cuja Direcção propôs ao Conselho Deontológico um inquérito disciplinar ao procedimento de três jornalistas do DN (entre os quais o visado), por eventual violação do segredo profissional durante a investigação do chamado «caso Moderna», e do qual resulta o relatório que se pode ler aqui.

Sónia

1 comentário:

João Sá disse...

Como em todas as profissões (eu não gosto, mas tenho de repetir o cliché): há os bons e os maus. Este é dos péssimos. Sem qualquer dúvida.