quarta-feira, dezembro 03, 2008

A luta continua

É mais do que um cliché:

A acção nacional de luta, organizada pela Delegação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Secundário e Básico, irá decorrer através do desfile de escolas em vários concelhos do país.

«Não se vai assistir a uma manifestação única como aconteceu dia 5 de Novembro, mas a ideia é que seja concelho a concelho e escola a escola uma série de protestos ou greve às aulas ou fecho de escolas ou concentrações em vários locais», disse à Lusa Luís Baptista, porta-voz da Plataforma Estudantil 'Directores NÃO!', uma das associações que aderiu ao protesto.

Segundo Luís Baptista, a alteração que foi feita ao estatuto do aluno, nomeadamente a clarificação ao regime de faltas, continua a não satisfazer os estudantes.

«Nós consideramos que isto foi quase como dar um docinho a uma criança para ver se ela se cala. Visou mediaticamente tentar parar a luta dos estudantes e consideramos que não, não chega», disse.

Este aluno considerou que, mesmo em relação ao regime de faltas, este despacho do Ministério da Educação (ME) apenas considera justificadas as faltas por doença, deixando de fora outras razões, como, por exemplo, morte de um familiar ou tarefas associativas.

«O novo modelo de gestão das escolas, ou seja, a criação da figura do Director, o fim da votação directa do Conselho Pedagógico, o fim da Assembleia de Escola e a criação do Conselho Geral, em que se permite a entrada nas escolas das empresas, a educação sexual que ainda não foi não posta em prática nas escolas» são, segundo Luís Baptista, razões para o protesto de quinta-feira.

Anunciaram aderir ao protesto associações de estudantes de Lisboa, Porto, Almada, Barreiro, Viseu, Esmoriz, Seixal, Sintra, Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha, Aveiro, Ovar, Anadia, Vale de Cambra, Santa Maria da Feira, Águeda, Vagos, Espinho, São João da Madeira e Nazaré, entre outras localidades.

Contactado pela agência Lusa, Eduardo Fernandes, da Plataforma Nacional de AE do Ensino Básico e Secundário demarcou-se do protesto.

«Não nos revemos nas manifestações que têm existido por todo o país. Fomos muito bem recebidos pelo ME, que está a trabalhar nas nossas propostas», disse.

Amanhã estarei solidária com os meus alunos, (note-se esta vírgula!!!) que hoje estiveram solidários com os seus professores. O que reivindicam é justo e a forma como advogam que se faça (note-se "advogam") é  correcta!

Sónia

1 comentário:

João Sá disse...

Boa - a chamada de atenção para a vírgula. Caso contrário ainda eras vista como discriminatória! Para quem só vê a preto-e-branco: quem não está comigo, está contra mim"