terça-feira, maio 16, 2006

Delírios

É impressão minha ou ontem ouvi sua excelência o ministro da saúde responder aos argumentos dos que defendem a continuação da maternidade no hospital de Barcelos com um furioso «e também porque queremos investir em outros serviços que esse hospital não tem, como diálise, fisioterapia e outros, para não falar no bloco operatório que funciona mal, o vosso bloco operatório é péssimo, não tem as mínimas condições» (cito de memória). É eticamente legítimo que o responsável máximo de um serviço público teça publicamente este tipo de considerações? Não é um caso premente de saúde pública? Salva a aparente demagogia, não se podiam desviar uns dinheiritos como medida extraordinária e resolver o assunto? Como se sentirão os que hoje vão ser submetidos a intervenções naquele bloco? Já não há paciência para tanta irresponsabilidade.

evva

P.S.: Sonhei ou o responsável pela tal comissão que inquiriu da viabilidade dos blocos de parto e que também dirige a maternidade Alfredo da Costa mostrou-se disponível para ir a cada uma das localidades prejudicadas com a decisão ministerial, mas tem medo de «levar uma tareia» (sic). Mas já chegamos ao Brasil*?


*Sem ofensa para os brasileiros, mas aquilo é um salve-se quem puder. E que tal proibirem os telemóveis nas prisões? Ou já o são e não há como controlar?

2 comentários:

Esplendor disse...

Olha que andas mal informada. Estamos de acordo em relação ao facto de o ministro não regular muito bem da carola mas creio que te enganas redondamente em relação à sua falta de razão.
E convenhamos, nenhumas das pessoas que defendeu as maternidades no programa pareceu alguma vez ser particularmente credivel na sua argumentação.
Goste-se ou não, o homem parece ter razão.

andré

Esplendor disse...

Eu não argumentei nem contra-argumentei neste post acerca da decisão de fechar os blocos de parto, mas da irresponsabilidade do ministro em atacar um serviço de um hospital do qual, segundo creio, é o responsável máximo. Afirmações destas não se fazem em público. Resolvem-se. Lê de novo.

evva