sábado, maio 06, 2006

Poema para Franz Weissmann



Ao contrário
do escultor de antes
que
para dissipar a noite
(mítica)
que habita a matéria
imprimia à superfície
da massa
velocidades de luz,
Weissmann
escultor de hoje
abre
a matéria
e mostra que dentro dela
não há noite mas
espaço

puro espaço

modalidade transparente
de existência



Ferreira Gullar, Obra Poética, Edições Quasi, 2003, p. 511.


[evva]

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